Estrutura

O Flutivoro é uma criatura de forma tubular, composta por uma camada fina de membranas biológicas translúcidas. Seu corpo, que pode estender-se por até cinco metros, apresenta uma textura semelhante a seda, capaz de absorver e refletir a luz solar, minimizando o calor extremo. Disposto ao longo de seu comprimento, pequenos filamentos sensoriais emitem pulsações suaves, permitindo que ele se comunique com o ambiente ao redor. Suas extremidades se expandem em tentáculos finos, que capturam partículas no ar e absorvem os subprodutos deixados pelo Xelvoro. Esses tentáculos, ao se movimentarem, criam uma suave ondulação, garantindo que ele continue flutuando nas densas nuvens ácidas de Vênus.
Adaptações

O Flutivoro é adaptado para sobreviver nas condições extremas de Vênus, onde temperaturas podem ultrapassar 460 graus Celsius. Sua pele é resistente ao ácido sulfúrico e possui propriedades que ajudam a dissipar o calor excessivo. Ele utiliza uma rede interna de nanofibras para reter pequenas quantidades de vapor d’água, extraindo umidade das nuvens. Sua habilidade de filtrar e metabolizar partículas químicas na atmosfera ácida transforma esses compostos em energia, sustentando seu metabolismo. Além disso, seu corpo é capaz de realizar fotossíntese, capturando a luz solar indireta refletida pelas nuvens, garantindo a sobrevivência em um ambiente que se mostrou mortal para outros seres.
Reprodução

A reprodução do Flutivoro é marcada por um processo de fragmentação. Quando o ambiente está favorável, o corpo principal libera minúsculas estruturas chamadas brotos, que se desprendem e começam a crescer autonomamente. Cada broto se transforma rapidamente em uma cópia exata do organismo original, contribuindo para a rápida expansão da população. Esse método de reprodução permite ao Flutivoro se multiplicar sem a necessidade de parceiros, garantindo sua presença constante mesmo em locais de difícil acesso dentro das nuvens ácidas. Os novos Flutivoros se agrupam temporariamente antes de se separarem, formando colônias que ocupam diferentes camadas das nuvens.
Ecossistema

O Flutivoro desempenha um papel vital no ecossistema das nuvens ácidas de Vênus. Ele é uma das principais fontes de alimento para várias outras criaturas que habitam esse ambiente inóspito. Sua habilidade de metabolizar resíduos orgânicos e partículas químicas gera nutrientes que sustentam uma cadeia alimentar complexa. Pequenos seres aerotransportados, chamados Brumivoros, se alimentam das secreções produzidas pelo Flutivoro durante a fotossíntese. Esses Brumivoros, por sua vez, são consumidos por outros predadores menores, criando um equilíbrio dinâmico que sustenta a vida nas nuvens ácidas.
Interações

O Flutivoro mantém uma relação simbiótica com o Xelvoro, uma criatura que, como ele, também habita as camadas superiores de Vênus. Os dois se alimentam mutuamente dos subprodutos gerados durante o metabolismo do ácido sulfúrico. O Xelvoro libera moléculas ricas em nutrientes que o Flutivoro utiliza como combustível, enquanto este, por sua vez, dispersa partículas que ajudam o Xelvoro a se reproduzir. Essa interação promove a sustentabilidade dos recursos no ecossistema das nuvens de Vênus, garantindo que ambas as criaturas prosperem em um ambiente tão hostil. Além disso, o Flutivoro é frequentemente afetado pelas intensas tempestades elétricas que ocorrem no planeta, forçando-o a se deslocar constantemente para evitar danos.