Estrutura

O Enxepo não possui uma forma física tradicional, mas sim uma rede complexa de filamentos bioelétricos que se estendem por várias camadas. Cada filamento, delgado como fios de prata, é capaz de conduzir impulsos elétricos em alta velocidade, permitindo que a criatura se mova pelo ambiente gelado com agilidade surpreendente. Esses filamentos também emitem cargas elétricas, que funcionam como barreiras naturais contra predadores e rivais. A ausência de uma estrutura óssea ou celular rígida torna seu corpo maleável e adaptável, flexível para se moldar às condições extremas do planeta. Em vez de órgãos, o Enxepo possui apenas centros nervosos dispersos ao longo de sua rede, que captam sinais de radiação e direcionam as funções vitais da criatura.
Adaptações

O Enxepo sobrevive nas temperaturas que chegam a -200°C graças ao seu metabolismo especializado. A energia elétrica que percorre seus filamentos é extraída diretamente da radiação cósmica que incide sobre Netuno. Sua pele, composta por camadas supercondutoras, resiste ao congelamento e ao intenso calor irradiado pelo núcleo do planeta. Além disso, sua bioluminescência ajuda a captar sinais de radiação distante, o que garante sua sobrevivência em ambientes de pouca luz. A capacidade de gerar e conduzir eletricidade serve não apenas como uma arma natural, mas também como meio de comunicação e orientação nesse universo hostil. Os impulsos elétricos gerados pelo Enxepo também funcionam como um sistema de defesa eficaz contra criaturas predadoras, criando um campo de energia que repele ataques.
Reprodução

A reprodução dos Enxepos é um processo inusitado. Por meio da troca de cargas elétricas entre filamentos, esses seres criam uma conexão temporária que resulta na formação de novos Enxepos. Quando em contato, dois indivíduos podem fundir suas teias e gerar uma nova criatura a partir do acúmulo de energia elétrica. Esse novo Enxepo é um clone perfeito do anterior, mas com pequenas variações que surgem devido às mutações elétricas ocasionadas por interações aleatórias com a radiação espacial. O ciclo reprodutivo é desencadeado pelo nível de radiação e pela proximidade de outros seres, garantindo que a espécie se multiplique constantemente nas condições instáveis de Netuno. O processo ocorre de forma contínua, adaptando-se rapidamente às mudanças ambientais e garantindo a sobrevivência em um planeta onde recursos são escassos e o clima é extremo.
Ecossistema

No ecossistema de Netuno, o Enxepo assume o papel de predador e alimenta-se de outras formas de vida, como os micróbios bioluminescentes que também capturam radiação cósmica. Sua bioluminescência atrai essas pequenas criaturas, que, ao se aproximarem, são neutralizadas por choques elétricos liberados pelos filamentos do Enxepo. Esses organismos absorvem a energia que contêm, transformando-a em sua própria eletricidade vital. A morte dos micróbios resulta na decomposição instantânea, que gera nutrientes para o ambiente, sustentando toda uma teia de vida mais simples. O equilíbrio no ecossistema é mantido pela constante troca de matéria e energia, com o Enxepo como o elo mais forte nesse ciclo. Sua habilidade de converter a radiação cósmica em eletricidade permite que ele desempenhe um papel central na manutenção do fluxo energético, sendo essencial para a sobrevivência das formas mais simples que habitam o planeta.
Interações

O Enxepo interage de forma complexa com outros habitantes de Netuno. Em seus arredores, vivem criaturas como os Zallún, gigantescos organismos bioluminescentes que utilizam pulsos cristalinos para se movimentar. Enquanto os Enxepos buscam nutrientes energéticos, os Zallún têm uma relação de simbiose, onde ambos se beneficiam da troca de radiação cósmica. Esses gigantes funcionam como fornecedores de energia, e os Enxepos os utilizam como pontos de recarga durante períodos de escassez. Em outras situações, os Nimíriades, pequenos seres que nadam em correntes elétricas, tentam invadir o campo bioelétrico do Enxepo para consumir sua energia. No entanto, a defesa ativa dos Enxepos, gerada por suas cargas elétricas, impede qualquer tentativa de ataque, mantendo sua supremacia nesse ambiente adverso. A interação entre essas criaturas cria um ciclo de competição e cooperação, essencial para a sobrevivência em Netuno, onde a adaptação e a energia são os recursos mais preciosos.